sábado, 3 de novembro de 2007


Quero te dar meu novo endereço, para quando você sentir saudade ou lembrar da minha vivência e vivacidade, mandar uma carta ou pra cá se mandar. Preciso do seu olhar nos livros que ando lendo, nas cartas que ando escrevendo, nos filmes que ando vendo. Tu não sabes qual é meu mais novo ídolo, com quem ando saindo, o que anda me afligindo.
Vou arrumar um pretexto pra te falar que esquinas deves pegar, a quem deves perguntar e que ponte deves atravessar pr'o meu lar.

Eu me sinto fútil. Mas é a futilidade que eu escolho, já que até então foi a única coisa que provei ao seu lado, até aquele momento. Escolho-a também por ser mais fácil de lidar e aceitar. Sentimento esse que sinto longe de você é uma luxúria narcisista, paradoxalmente masoquista. Gosto de ver você como algo que trouxe para minha realidade, algo que simplesmente não pode ser desconquistado.

Agora que reencontrei meus óculos, não estou mais tão vulnerável. Cega, somente do terceiro, quarto olho, aqueles que ninguém vê, aqueles que não te vêem.